Imagem acima: Viana do Castelo. Portugal.
HIstória dos Henriques De Castro como ramo dos oliveira ledo DA união dos HEnriques de araújo e dos pereira de castro.
Os henriques de araújo A história dos Henriques de Castro começa no século XVII em Portugal, quando o casal Clemente da Rocha Pinto e Marinha Pereira se mudam de Lisboa para o morgado de Vianna do Castelo no norte de Portugal, ali nasce Paulo de Araújo Soares, nobre português com nobreza contraída pelo serviço militar nos postos de milícia do Reino.
Do outro lado do oceano atlântico Antônio de Oliveira Lêdo povoa o interior da Paraíba no Brasil. A medida que cresce a família dos Oliveira Lêdo, nascem homens de bravura que ajudam ao imperador D. Pedro II de Portugal na povoação dos sertões do Brasil. A Paraíba acabava de expulsar os Holandeses pelos heróis André Vidal de Negreiros, João Fernandes Vieira, Henrique Dias e Felipe Camarão. No entanto, os extrangeiros deixaram ainda seus aliados, os índios Janduís, armados e treinados no combate contra os colonos portugueses, assim estes índios atacavam as aldeias e vilas, assassinavam as famílias e animais, expulsando os sobreviventes. Deste caos se iniciou a "Guerra dos Bárbaros", onde os Oliveira Lêdo, aliados aos índios Ariús na pessoa dos Cacique Cavalcante, se embrenharam nos sertões para expulsar os Janduís. Teodósio de Oliveira Lêdo estava entre estes homens bravos, assim como Pascácio de Oliveira Lêdo, Constantino de Oliveira Ledo, Antônio "o velho". Porém, para Teodósio, que foi herói de destaque desta guerra, em seguida - vem uma tragédia - morre seu irmão Constantino de Oliveira Lêdo de quem herda o título de Capitão-Mor do Rio Piranhas, Cariris, Piancós, após ser arrastado para a guerra contra os Janduís com esta motivação nefasta. Teodósio sai vitorioso, devolvendo aos colonos suas aldeias, vilas e freguesias, restaurando a paz no sertão da Paraíba e aclamado pelo Governador Geral do Brasil e do Capitaina do Rio Grande do Norte. Mais tarde, Paulo de Araújo Soares chega à Serra da Borborema, deixando para trás um engenho em Ipojuca, Capitania do Pernambuco, movido pelo desejo da vida em combate, fundação de vilas, arraiais e criação e constante transição dos rebanhos de gado. O português casa-se com Tereza de Jesus Oliveira, neta do Capitão-Mor Teodósio de Oliveira Lêdo. Filha da grande matriarca Dona Adriana de Oliveira Lêdo, senhora do Solar de Santa Rosa e do Vale de mesmo nome. Quiz Deus que estas famílias se unissem, dando origem à uma longa linhagem chamada de Henriques de Araújo. Nos séculos que se seguem, outros membros ilustres se sobressaem nesta linhagem. Entre eles o Capitão da Guarda Nacional Antônio de Albuquerque Muniz da Silva, fazendeiro e oficial da Guarda Nacional do Imperador D. Pedro II, depois miliciano da República da Espada no Brasil e República Velha. Homem de valores e coragem que por sua conduta austera foi temido e admirado, juntamente de seu pai o Coronel João Muniz, grande contribuidor para a sociedade de Fagundes. Ou ainda o famigerado Joaquim Henriques de Araújo, Alferes e depois Comandante da Polícia Militar da Paraíba, que foi feroz perseguidor de Antônio Silvino, cangaceiro e arruaceiro, cuja fama correu o nordeste equiparando-se inclusive ao grande Lampião. Da parte de Joaquim Henriques, conta-se que depois da velhice, este já aposentado, encontrava-se descansando em uma janela de sua cidade natal, Cabaceiras-PB, quando à cidade chegou a cavalo Antônio Silvino de passagem. O cangaceiro reconheceu seu feroz inimigo, arauto de retidão e justiça e logo perguntou à um transeunte que ali estava: "Quem era aquele homem naquela janela?', queria confirmar que o perigo estava próximo. Respondeu o transeunte: "É Joaquim Henriques". O cangaceiro não titubeou, subiu ao cavalo e deu meia-volta para passar ao largo da cidade. A Vila de Cabaceiras foi palco de outros Henriques de Araújo, Manuel Henriques do Nascimento Araújo, Presidente da Câmara Municipal do então município, fez correspondência como Barão de Ramiz, bibliotecário da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro para dar registro dos aspectos geográficos da região. Assim como também fez José André de Albuquerque, avô do Capitão Antônio Muniz, sobre a região de Campina Grande. Quanto ao Capitão Antônio, também foi contemporâneo de Antônio Silvino. Por morar na zona rural, distante de seus companheiros milicianos, preferiu manter a paz em suas terras, com relações mornas com o cangaceiro, sem interferir ou participar das ações de Silvino. No entanto, em 1906, devido à perfídia e inveja de pessoas ou armadilhas políticas, inventou-se a mentira de que o Capitão estaria quebrando sua palavra e enfrentaria o cangaceiro, mandando dizer que não o pagaria quantia alguma para evitar o saque, pois "não trabalhava para dar dinheiro a macho". Antônio Silvino armou um bando e decidiu arquitetar uma armadilha. O cangaceiro foi à casa do Capitão em sua ausência, aterrorizou sua família, destruiu sua casa e a roubou, fugindo em seguida. Antônio Silvino e seu bando permaneceram nos arredores da fazenda, escondidos. Quando retorna o Capitão, tentam pegá-lo desprevenido. O Capitão, andava sempre com seu rifle que ficava ao seu lado nos momentos de tranquilidade no terraço da casa grande. Vindo por trás, o cangaceiro pegou o Capitão desprevenido no seu descanso, proferindo a famosa frase: "Caiu a sopa no mé", o Capitão levanta-se de uma rede e dá também a famosa réplica "Faltou meu chinelo no pé", referindo-se ao rifle que não teve tempo de pegar. Hábil não só na arte da guerra e da fazenda, mas também da retórica. O Capitão Antônio argumenta com o cangaceiro, fazendo com que este fosse embora, levando algumas armas e uma quantia em dinheiro. Vencendo a covardia do bandido. Tanto Joaquim Henriques de Araújo como o Capitão Antônio de Albuquerque viveram para deixar longa descendência após os confrontos com Silvino. Na próxima geração, a família dos Henriques De Castro tiveram ainda Joaquim Gomes de Araújo, ilustre político cabaceirense, presidente da Câmara Municipal e Prefeito. Além dele, o famoso Félix Araújo que morrera na tenra idade, assassinado por adversários políticos e que imortalizou a frase sobre Campina Grande "Esta terra de bravos não será uma terra de escravos". Da geração atual dos Henriques de Castro houveram muitos bem sucedidos, empresários, advogados, engenheiros, médicos, professores. Ainda carregam consigo a condição de Fidalgos de Portugal e Brasil, sendo reconhecidos e orientados pelo Barão de São João Marcos, Comendador da Ordem da Águia da Georgia, Cavaleiro do Santo Sepulcro de Jerusalém, Confrade da Confraria dos Escravos de Nossa Senhora da Conceição. Conde de São João Marcos pela Casa Real da Georgia, no resgate da história e titulação. HIstória dos pereira de Castro Os Pereira de Castro são um nobre estirpe do século XVII-XVIII, perpetuada até os dias atuais. Na genealogia portuguesa, diria-se que os Pereira de Castro são Varjões de Sousa por varonia e de fato o são. Tudo começou com o Capitão Caetano Varjão de Sousa, homem abastado, português que chegou ao Cariri de Fora e ali iniciou grande desbravamento e criação de gado. Casou alguns filhos com filhas e netas do Capitão-mor do Cariri Domingos Faria Castro, assim, muitos de seus filhos, adotaram a alcunha de Pereira de Castro na maioridade.
Dos primeiros Pereiras de Castro a vocação agrícola e militar foi predominante, inclusive Antônio Pereira de Castro, não se sabe se o mesmo ou um homônimo, foi Capitão-mor da Parahyba. Entre outros como o Capitão José Pereira de Castro, seu filho Alferes Pereira de Castro, o Tenente Gonçalo Pereira de Castro, entre outros que serviram como oficiais nos Regimentos de Infantaria e Cavalaria de Ordenanças da Vila Real de São João. Casaram muitas vezes com filhas e netas do Coronel José da Costa Romeu também, aumentando ainda mais o seu prestígio e fortalecendo o seu sobrenome. Este fenômeno foi tão forte que até a segunda metade do século XX existiram Pereiras de Castro descendentes diretos, hoje, com o costume de mesclar sobrenomes, permanecem Pereiras e Castros separadamente. Bisnetos do grande Capitão Pascácio de Oliveira Lêdo, pioneiro da região de Cabaceiras, Queimadas e Fagundes com Antônio de Oliveira Lêdo, "O Velho", descendem também dos Oliveiras Lêdo com pouquíssimas quebras de varonia, herdeiros de suas cota de armas. Sendo através das histórias do Capitão Pascácio que se conhece a ascendência mais longínqua de Bartolomeu Lêdo e de Dona Anna Linss, filha de Roderich Linss, "O Alemão". Por fim, estabeleceram morada na antiga VIla de Cabaceiras, as margens do Rio Taperoá, onde edificaram os "Solar dos Gonçalos" em 1802 através do Tenente Gonçalo Pereira de Castro, passando de pai para filho num longo cordão de "Gonçalos" - três gerações- e ali residindo Pereiras de Castro e Borjas Castro por longas gerações. Por fim, tornaram-se plutocratas, oficias de cartório, advogados, políticos e outros homens envolvidos no cotidiano e futuro o já Município e Cabaceiras, porém ainda mantendo o relacionamento com o militarismo através de oficiais da Marinha, Sargentos do Exército Brasileiro, entre outros. Para saber mais sobre Teodósio de Oliveira Lêdo e sua história com a Guerra dos Bárbaros, consulte o artigo: "HISTÓRIA: SOBRE CAMPINA GRANDE E QUEM FOI TEODÓSIO DE OLIVEIRA LÊDO". Para saber mais sobre a família Cavalcante da Serra da Borborema, consulte o artigo: "HISTÓRIA E GENEALOGIA: NOTAS SOBRE A FAMÍLIA CAVALCANTE DA SERRA DA BORBOREMA". |
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